quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

tu hás de ver

No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas

que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...o vento levou todas as folhar que caíram da maçãzera,nelas tinha cada toque cada cheiro cada amor .
No fim tu hás de ver que o eterno nunca é eterno as coisas nunca param no lugar aonde tu deixaste lá,nem a bendita flor que plantaste estará lá, quanto veres ela pela segunda vez so terás as ruínas dela ,veras que o eterno nunca será eterno,o amor que tu plantaste nela fica nas raízes cobertas pelas terras aonde o vento não poderás tocar.
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Em cantador.





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